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Digitálicos (Controle de Insuficiência Cardíaca)

Os digitálicos são medicamentos que aumentam a força de contração do coração (efeito inotrópico positivo) e reduzem a frequência cardíaca, ajudando no controle da insuficiência cardíaca e de arritmias específicas.

 

 

Digoxina

O que é?
Um digitálico amplamente usado para melhorar a contratilidade cardíaca e controlar a frequência em arritmias supraventriculares.

Indicações:

  • Insuficiência cardíaca (IC): Aumenta a força de contração em IC sistólica.
  • Fibrilação atrial: Controle de frequência em pacientes com IC concomitante.

Por que usar?

  • Eficácia em IC com baixa fração de ejeção e em fibrilação atrial de alta resposta ventricular.
  • Disponível em formas oral e intravenosa.

Quando evitar?

  • Toxicidade digitálica: Pode causar arritmias graves.
  • Pacientes com insuficiência renal grave (ajuste de dose necessário).

Comparação:
Digoxina é a mais usada globalmente, com ação moderadamente rápida e um perfil de segurança bem conhecido com monitoramento adequado.

 

 

Deslanosídeo

O que é?
Digitálico com ação mais rápida, indicado para emergências cardiológicas.

Indicações:

  • Insuficiência cardíaca aguda: Quando uma resposta rápida é necessária.
  • Controle de frequência em fibrilação atrial em ambiente hospitalar.

Por que usar?

  • Rápida absorção intravenosa, ideal em crises cardíacas agudas.
  • Menor necessidade de conversão hepática, útil em casos críticos.

Quando evitar?

  • Casos de toxicidade digitálica prévia.
  • Pacientes com hipocalemia ou hipomagnesemia, que aumentam o risco de arritmias.

Comparação:
Mais usado em emergências que requerem efeito imediato, enquanto a digoxina é preferida para uso contínuo.

 

 

Resumo Comparativo de Situações Clínicas: Digoxina e Deslanosídeo

Situação Clínica: Insuficiência Cardíaca Crônica

  • Digoxina: Utilizada para melhorar a contratilidade em IC com fração de ejeção reduzida.
  • Deslanosídeo: Não indicada devido ao seu uso preferencial em situações agudas.

Situação Clínica: Insuficiência Cardíaca Aguda

  • Digoxina: Efeito mais lento, menos eficaz em situações que requerem resposta imediata.
  • Deslanosídeo: Preferida por sua ação rápida em emergências.

Situação Clínica: Fibrilação Atrial com Alta Resposta Ventricular

  • Digoxina: Eficaz no controle de frequência em casos crônicos ou subagudos.
  • Deslanosídeo: Eficaz em crises agudas quando há necessidade de controle imediato.

Situação Clínica: Pacientes com Insuficiência Renal

  • Digoxina: Requer ajuste de dose devido à excreção renal.
  • Deslanosídeo: Menos dependente de função renal, útil em emergências mesmo com insuficiência renal.

Situação Clínica: Risco de Toxicidade Digitálica

  • Digoxina: Monitoramento necessário, mas tolerada em terapia de longo prazo com doses ajustadas.
  • Deslanosídeo: Risco semelhante à digoxina, mas deve ser usada somente em curto prazo e sob supervisão.

Resumo:

  • Digoxina: Ideal para controle crônico em insuficiência cardíaca e fibrilação atrial, com necessidade de ajuste em casos de insuficiência renal.
  • Deslanosídeo: Mais adequado para emergências cardiológicas, especialmente em situações que requerem efeito rápido e em pacientes com insuficiência renal significativa.