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Resumo dos Analgésicos Comuns (Controle da Dor e Febre)

Os analgésicos comuns são amplamente utilizados em ambientes hospitalares para aliviar a dor e reduzir a febre. A escolha do medicamento depende da intensidade da dor, da condição clínica do paciente e do risco de efeitos adversos associados ao uso prolongado.

 

 

Paracetamol (Acetaminofeno)

O que é?
Um analgésico e antitérmico de ação central.

Indicações:

  • Dor leve a moderada, como cefaleias e mialgias.
  • Redução da febre em crianças e adultos.

Por que usar?

  • Seguro em pacientes pediátricos e idosos.
  • Menor risco de efeitos gastrintestinais em comparação aos AINEs.

Quando evitar?

  • Insuficiência hepática grave.

Comparação:
Escolha principal para dor leve e febre, especialmente em pacientes com risco de sangramento gastrointestinal.

 

 

Dipirona (Metamizol)

O que é?
Um analgésico e antitérmico não opioide com ação central e periférica.

Indicações:

  • Alívio de dor moderada a intensa.
  • Controle da febre refratária a outros antitérmicos.

Por que usar?

  • Alta eficácia em dor visceral e febre persistente.
  • Disponível em formas oral, intravenosa e intramuscular, permitindo flexibilidade no tratamento.

Quando evitar?

  • Pacientes com agranulocitose ou hipersensibilidade ao medicamento.

Comparação:
Preferida em dor visceral ou febre alta, enquanto paracetamol é mais seguro para uso em crianças e idosos.

 

 

Aspirina (Ácido Acetilsalicílico – AAS)

O que é?
Um anti-inflamatório não esteroidal (AINE) com propriedades analgésicas, antipiréticas, anti-inflamatórias e antiplaquetárias. Atua inibindo irreversivelmente a ciclo-oxigenase (COX-1 e COX-2).

Indicações:

  • Dores leves associadas à inflamação.
  • Febre em adultos.
  • Prevenção de eventos tromboembólicos em baixas doses.

Por que usar?

  • Alta eficácia no alívio de dores associadas à inflamação.
  • Benefícios cardiovasculares em doses baixas.
  • Ampla disponibilidade e baixo custo.

Quando evitar?

  • Crianças (risco de síndrome de Reye em febre viral).
  • Gestantes (especialmente no terceiro trimestre).
  • Pacientes com história de úlcera gástrica, insuficiência renal ou risco de sangramento.

Comparação:
Aspirina é mais útil para dores inflamatórias e como antiplaquetário, enquanto o paracetamol é mais seguro para febre e dor sem inflamação.

 

 

Ibuprofeno

O que é?
Um AINE com propriedades analgésicas, antipiréticas e anti-inflamatórias. Atua inibindo a COX-1 e COX-2, reduzindo a síntese de prostaglandinas.

Indicações:

  • Dores musculares e articulares leves a moderadas.
  • Febre em adultos e crianças.
  • Cólicas menstruais (dismenorreia).
  • Condições inflamatórias leves, como entorses e artrite.

Por que usar?

  • Eficaz no alívio de febre e dor leve a moderada.
  • Menor toxicidade gastrointestinal em doses baixas em comparação a outros AINEs, como o diclofenaco.
  • Oferece efeito anti-inflamatório, ausente no paracetamol.

Quando evitar?

  • Pacientes com história de úlcera péptica ou insuficiência renal.
  • Uso prolongado em doses elevadas (risco de nefrotoxicidade e eventos cardiovasculares).

Comparação:
Mais eficaz que o paracetamol para dores inflamatórias, mas com maior risco de efeitos adversos gastrointestinais.

 

 

Diclofenaco

O que é?
Um AINE de potência moderada a alta, com ação analgésica, anti-inflamatória e antipirética, amplamente usado no manejo de dores e inflamações.

Indicações:

  • Dores inflamatórias musculoesqueléticas (lombalgia, artrite, bursite).
  • Pós-operatório em cirurgias ortopédicas ou odontológicas.
  • Cólicas renais ou menstruais.

Por que usar?

  • Alta eficácia em condições inflamatórias agudas.
  • Disponível em várias apresentações (oral, tópico, injetável).
  • Opção preferida para dores musculoesqueléticas.

Quando evitar?

  • História de doenças gastrointestinais, insuficiência renal ou hepática.
  • Pacientes com risco cardiovascular elevado.

Comparação:
Diclofenaco é mais eficaz para condições inflamatórias graves, enquanto o ibuprofeno é uma alternativa com menor toxicidade gástrica.

 

 

Naproxeno

O que é?
Um AINE com duração prolongada de ação, ideal para o controle de dores inflamatórias e crônicas.

Indicações:

  • Dores musculoesqueléticas inflamatórias (artrite, tendinite).
  • Dores agudas (cólicas menstruais, enxaquecas).
  • Febre e dores leves associadas a condições inflamatórias.

Por que usar?

  • Boa eficácia em dores associadas à inflamação, com duração longa (12 horas).
  • Menor risco cardiovascular em comparação ao diclofenaco.
  • Alternativa viável para uso crônico em doenças reumatológicas.

Quando evitar?

  • História de úlcera gástrica ou insuficiência renal crônica.
  • Uso prolongado em doses altas (risco gastrointestinal e renal).

Comparação:
Oferece duração de ação maior que o ibuprofeno, sendo preferido para condições inflamatórias crônicas.

 

 

Resumo Comparativo de Situações Clínicas com Analgésicos Comuns

1. Febre sem inflamação (Ex.: infecções virais simples)

  • Medicamento mais indicado: Paracetamol
    • Eficaz no controle da febre e seguro para pacientes pediátricos, idosos e gestantes.
  • Alternativa: Dipirona
    • Útil em febre refratária ou quando paracetamol não é suficiente.

2. Dor leve a moderada sem inflamação (Ex.: cefaleia, mialgia, odontalgia)

  • Medicamento mais indicado: Paracetamol
    • Seguro e eficaz em dores leves.
  • Alternativa: Dipirona
    • Eficaz, especialmente em pacientes com contraindicação aos AINEs.

3. Dor leve a moderada com inflamação (Ex.: artrite, entorse leve)

  • Medicamento mais indicado: Ibuprofeno
    • Combina alívio da dor com redução da inflamação.
  • Alternativa: Diclofenaco
    • Melhor para dores inflamatórias mais intensas, mas com maior risco gastrointestinal.

4. Dores musculoesqueléticas crônicas (Ex.: osteoartrite, tendinite)

  • Medicamento mais indicado: Naproxeno
    • Ação prolongada, ideal para uso em condições inflamatórias crônicas.
  • Alternativa: Diclofenaco
    • Alta potência para controle de inflamação, especialmente em crises agudas.

5. Cólicas menstruais (dismenorreia)

  • Medicamento mais indicado: Ibuprofeno
    • Reduz as prostaglandinas que causam a dor menstrual.
  • Alternativa: Naproxeno
    • Eficaz e com ação prolongada, reduzindo a necessidade de doses frequentes.

6. Condições com risco cardiovascular ou gastrite prévia (Ex.: pacientes com comorbidades)

  • Medicamento mais indicado: Paracetamol
    • Seguro para pacientes com risco gastrointestinal ou cardiovascular.
  • Alternativa: Dipirona
    • Boa opção para evitar complicações gastrointestinais associadas aos AINEs.

7. Condições inflamatórias graves (Ex.: pós-operatório, lombalgia severa)

  • Medicamento mais indicado: Diclofenaco
    • Alta eficácia no controle da dor e inflamação.
  • Alternativa: Naproxeno
    • Preferível em pacientes com risco cardiovascular mais baixo.

Resumo Final:

  • Paracetamol é a escolha mais segura para febre e dores leves, especialmente em grupos vulneráveis.
  • Dipirona é ideal para febre refratária ou quando há contraindicações aos AINEs.
  • Ibuprofeno e Diclofenaco são as melhores opções para dores inflamatórias, com o segundo sendo mais potente, porém com maior risco gastrointestinal.
  • Naproxeno destaca-se pela duração prolongada, sendo preferível para condições inflamatórias crônicas.
  • Aspirina é menos usada como analgésico, mas pode ser útil em dores leves com componente inflamatório.